A aprendizagem
já não é vista como exclusivo da escola e valorizam-se as aprendizagens
desenvolvidas em contexto informal e não formal, considerando-se que estas têm
valor como as desenvolvidas em contexto formal. Isto é, há processos de
aprendizagem que ocorrem fora da vida escolar. Esses processos decorrem das
experiências e das ações.
Nos CNO “essas
aprendizagens experienciais dão então lugar a adquiridos que devem ser
formalizados e reconhecidos socialmente como forma de assegurar uma maior justiça
social e um melhor aproveitamento dos recursos humanos” (Cavaco, 2007, p.135).
Partir das
experiências de vida dos adultos e a partir daí identificar competências e
atribuir-lhe um valor, não se trata seguramente de uma tarefa fácil e sobretudo
não deve ser feita de ânimo leve.
A esta dificuldade
não é indiferente o facto das experiências de vida do adulto e das competências
que daí decorrem terem de ser confrontadas com o referencial de
competências-chave, que funciona como um quadro orientador e que “reflete a
forma académica e científica da organização do conhecimento, seguindo uma
lógica disciplinar, o que origina dificuldades acrescidas no trabalho das
equipas” (Cavaco, 2007, p.136).
Para o processo
de RVCC foi proposta, pela Agência Nacional para a Qualificação, uma “pedagogia
orientada para a autonomia dos adultos” (Gomes et al., 2006, p.28), partindo-se
do pressuposto que é essencial que o adulto reflicta sobre si e o seu percurso
de vida de forma a conhecer-se melhor e a formar uma imagem de si.
Os adultos são
aqui encarados como portadores de uma experiência de vida, naturalmente única e
que é percecionada como ponto de partida do trabalho desenvolvido.
Gomes et al (2006, p.28) propõe uma metodologia proposta é
baseada em três pilares:
- Abordagem (Auto)biográfica
- Balanço de Competências
-Portefólio Reflexivo de Aprendizagens
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