Fazendo parte da oferta educativa para adultos que deixaram a escola, o programa assenta num conjunto "de estratégias para a avaliação focada em motivar os alunos, dando uma resposta de elevada qualidade, incluindo a participação ativa dos alunos no processo de avaliação", elogia a OCDE no relatório sobre políticas de avaliação no ensino em Portugal.
"Uma característica fundamental desta abordagem é a sua localização perto do processo de aprendizagem e do aluno. Assim, a avaliação tende a ocorrer imediatamente após a realização de um módulo ou fração de curso em vez de na extremidade de um ano ou ciclo", lê-se no estudo.
Os investigadores destacam a utilização de uma avaliação que vai além dos habituais testes escritos, permite centrá-la no desempenho do aluno, colocando-o, deste modo, no centro da aprendizagem e do processo avaliativo.
"A necessidade de utilizar a avaliação para motivar os alunos a aprender, ao invés de simplesmente se proceder com a avaliação ou com o teste é reconhecida como fundamental por aqueles que trabalham neste setor", diz o estudo.
Dentro de uma cultura escolar de massas, o desafio ganho pelas Novas Oportunidades parece ter sido o de contrariar a tendência geral do sistema educativo para a falta de apoio mais personalizado aos alunos.
"Enquanto as oportunidades permanecerem por explorar na íntegra, e amplamente reconhecidos os desafios do diálogo de apoio dentro de uma cultura individualizada de escolaridade, o programa Novas Oportunidades faz deles os seus pontos fortes e tem muito a oferecer ao sistema de avaliação de todos os alunos nas escolas", concluem os investigadores."
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